segunda-feira, 25 de junho de 2012
Amor Nunca É Demais - Nora Roberts
Do Diário
de
Daniel Duncan MacGregor
Para alguém da minha idade, os anos passam rapida¬mente, com uma estação logo se seguindo à outra. Nesse estágio da vida, cheguei à conclusão de que cada momento deve ser aproveitado ao máximo. Se bem que eu já costu¬mava dizer isso quando estava com trinta anos de idade.
Ao longo dos últimos tempos, tive a chance de ver quatro de meus queridos netos encontrarem o amor, casarem-se e começarem novas famílias. Primeiro Laura, depois Gwen, Júlia e finalmente Mac. Vejo a felicidade estampada no rosto de cada um deles e na maneira como se referem às suas famílias. É muito bom compartilhar a vida com alguém a quem amamos, e agora eles sabem disso melhor do que ninguém.
Então por que, pergunto eu, aqueles quatro demoraram tanto tempo para se decidir?
Se não fosse por minha intervenção, eles ainda estariam por aí, esvoaçando feito borboletas, e minha Anna não teria sequer um neto para mimar! Mas não sou do tipo que exige gratidão. Imagine! Desde que me tornei o patriarca da família, cumpro minha obrigação sem esperar nenhum agradecimento. Porém, não se trata apenas de uma obrigação. Para mim, é um prazer cuidar para que meus descendentes encontrem a mesma felicidade que eu sempre tive ao lado de Anna.
Com toda essa atmosfera matrimonial, imaginei que meus outros netos também fossem se animar e seguir o exemplo dos irmãos e dos primos. Mas não! Os MacGregor não passam mesmo de um bando de rapazes teimosos e com espírito independente. Ora, e Deus os abençoe por isso!
De qualquer maneira, ainda estou por perto para fazer o que é preciso ser feito. Levei três de minhas netas para o altar e dei a meu primeiro neto o "empurrãozinho" de que precisava. Alguns dizem que é interferência demais, mas isso pouco me importa! Em minha opinião, trata-se de pura sabedoria. E decidi que está na hora de usá-la a favor do neto batizado com meu primeiro nome: Daniel Campbell MacGregor.
Daniel é um bom rapaz, se bem que um pouco temperamental de vez em quando. Oh, e é muito atraente também. Acho até que se parece comigo quando tinha a idade dele, por isso, não lhe faltam companhias femininas. Porém, na verdade, é justamente esse o problema. Muita quantidade e pouca qualidade entendem? Mas encontrei um modo de resolver isso.
D.C. é um artista nato. Bem, pelo menos é o que dizem, pois eu não entendo nada do que ele pinta. De qualquer maneira, meu neto é reconhecido por seu trabalho e parece mais do que satisfeito com ele. Mas o que eu acho que o rapaz realmente precisa é de uma linda jovem com quem possa compartilhar todo esse sucesso, e que possa dar a ele os filhos que um homem precisa ter para se centrar na vida. Porém, não pode ser qualquer mulher. Para D.C, tem de ser uma jovem culta, inteligente e ambiciosa. De fato, ela é a pretendente que escolhi para ele quando os dois ainda eram crianças. Até que fui paciente durante todo esse tempo... Com o passar dos anos, aprendi a conhecer meu neto muito bem e agora sei exatamente como lidar com ele. D.C. é um cabeça-dura. Do tipo que decide ir para a esquerda só porque o aconselhamos que seria melhor ir para a direita. Talvez esse temperamento seja resultado dos oito anos de infância em que passou tendo o pai como pre¬sidente. Havia muitas regras a serem seguidas, e D.C. sem¬pre detestou regras.
Mas agora que estou contando com a ajuda de uma velha amiga, finalmente verei o jovem Daniel Campbell seguir na direção certa. Deixemo-lo pensar que está agindo por conta própria. Um homem sábio não deve contar com agradeci¬mentos, apenas com resultados.
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